sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Pedra...Pedrinhas*

Eu queria voltar a acordar.
Acordar para o mundo, para a vida. Abrir os olhos, lentamente e sorrir com a luminosidade que entra no quarto. Novo dia, nova etapa da minha vida.
É fácil iniciar uma corrida, temos em mente o grande objectivo final. Quando a meta é curta é-nos difícil esquecer ou cair em desleixo na luta por atingir a meta. Contudo, quando lutas e voltas a lutar e começas a sentir o peso dos dias que voam, a tua força vira ruína, que vê com apatia e tristeza a queda progressiva das pedras que outrora foram grande construção arquitetónica.

Há quem diga que a queda é inevitável.
Outros defendem a constante restauração.
Acordei e vi à minha volta algumas peças espalhadas pelo chão. Não caíram hoja, na verdade não faço ideia quando aconteceu, estava demasiadamente ocupada a dormitar no decorrer da corrida dos dias.
E agora? Que faço? Reconstruo, substituo ou ignoro.

Apetece-me voltar a adormecer. Talvez mesmo para sempre. Imune ao mundo que gira, anónima, incógnita, alheia às quedas que surgem com o passar dos dias.
O relógio não para, o calendário sofre com a queda das folhas dos meses, ao longo de todo o Outono da sua existência.
Assim também eu não posso parar, queira ou não, com mais ou menos forma de vencer, escolho as pedras que estão caídas e recoloco-as nos seus devidos lugares.
Vou reconstruindo-me, fazendo de pedreira, construtora civil, o que quer que seja preciso tentando colocar uns pozinhos mágicos que permitam fazê-lo com alguma esperança.

O segredo está em descobrir onde encontramos os pós mágicos. =)


segunda-feira, 3 de novembro de 2008

stop



Esperando dias menos chuvosos.

Não da chuva que molha o corpo e que toca a alma ao som da guitarra.

Não das gotículas que deslizam pelos cabelos e os escaracolam ao longo do percurso, da raíz até às pontas.

Sim, a chuva que não passa.

"Perdi-me no bosque", disse a fotógrafa Sílvia.

Por vezes necessitamos de nos perder para de novo nos encontrarmos.

Descobrir qual o caminho certo a seguir. Olhar para trás e ver qual o trilho marcado no chão.

É tempo de pensar, chorar, sorrir, meditar e escolher.

Olhar o céu, a luz, sentir o vento e apreciar os aromas.

Fechar os olhos, e encontrar a chave que dá acesso à Terra do Nunca. Sonhar!!!

Levantar os olhos de encontro ao horizonte... respirar fundo...e voltar a dar o primeiro passo.



Porque mesmo debaixo de um temporal, podemos ver o arco-íris...

O problema está quando precisamos de óculos