Quando a vida acontece, acontecem múltiplas coisas que fogem ao nosso controlo. Coisas boas, outras com défice de simpatia, situações complexas e outras magicamente simples.
O nosso estado de espírito fica como a criança que salta à corda: ora por cima, ora por baixo da situação. O importante é saber que a corda não pára, que roda incessantemente como um mandala de oportunidades para voltar a saltar, pular, rir e chorar.
Talvez sejamos pequeninos, ou então é a vida que passa a correr, e, não nos apercebemos da velocidade dos segundos. Não podemos é esquecer do quão fugaz a vida é, da sua maratona intemporal, da importância que cada segundo tem para mim e para todo o universo.
No final, o que resta?
História? Corremos o risco de ratos roerem as folhas que a contam, ou um qualquer cataclismo eliminar as pistas do que alguma vez foi...
Família? Se as nossas histórias e estórias forem deveras boas e interessantes, poderão ainda servir de contos de "Há muito tempo atrás, os avós dos avós do pai, fizeram...disseram..." As crianças vão ouvir, mas com o sono, o cansaço, ou simplesmente porque sim, serão esquecidas as aventuras outrora vividas. Seremos como pó que se limpa na árvore genealógica, que cresce com novos frutos, e onde se podam os ramos secos e velhos...
Acho que poderia continuar com tópicos infindáveis, porque não seremos eternos. Só Deus o é, e só Nele podemos alcançar essa plenitude. Mas não creio ser pelos feitos alcançados aquando da nossa passagem terrestre. Acredito que a chave é termos um espírito e coração puros, cheios de amor e de bem.
Sermos o exemplo a seguir, como Alguém o foi para nós. Esse testemunho que não morre, que prevalece vivo e enraizado.
Mesmo quando a vida nos parece demasiado escura e sombria, quando nos perdemos nas tentações e excentricidades mundanas, quando perdemos o direito de dividir o tempo que foi oferecido a fazer o que gostamos porque assim obriga a sociedade, e na pluralidade de tantos outros "ses" e "porquês"...
...abramos os olhos e procuremos a luz...
...ela está lá - sempre!
O túnel não é um poço, é apenas uma passagem. E o outro lado, por norma, é sempre melhor.
Isso depende muito da nossa vontade de admirar o esplendor que nos rodeia todos os dias.
Cada vez mais acredito, que moramos simplesmente numa entrada do túnel, à sombra da beleza!
:)